# Especialistas chamaram a iniciativa da Salomon Brothers de ataque ao bitcoin
A notícia está a ser atualizada. A iniciativa do banco Salomon Brothers de reivindicar direitos sobre carteiras de bitcoin "abandonadas" através de transações com OP_RETURN é uma ideia juridicamente e tecnicamente falhada. Esta opinião foi expressa em comentário para a ForkLog por especialistas entrevistados.
Na opinião deles, a "doutrina da desistência de bens" não se aplica a endereços de criptomoeda, e a própria ideia contraria os princípios básicos da blockchain.
Vácuo legal e anonimato
O investigador Web3 Vladimir Menaskop considera a iniciativa ilegal. Segundo ele, o bitcoin não pode ser considerado propriedade "nacional", e a própria blockchain requer um novo direito internacional que ainda não foi criado.
«É legal? Não, porque essa propriedade nem pode ser verificada como 'nacional'. É legal? Não, porque deve haver um consentimento claro e especificamente expresso dos participantes da rede», — afirmou ele.
O especialista acrescentou que a tentativa de estabelecer jurisdição sobre o proprietário anônimo é um ataque direto aos princípios fundamentais da descentralização e anonimato. Qualquer verificação obrigará o usuário a se revelar.
Impossibilidade de prova e notificação inadequada
O problema chave é provar que o endereço realmente está abandonado e não está sendo utilizado para armazenamento a longo prazo. Menasco citou como exemplo as economias pessoais da era da mineração inicial.
«Por que eu, para a verificação de que este não é um endereço 'perdido', devo transferir esses fundos para algum lugar? Surge a dilema: eu transferirei os fundos para um novo endereço, mas qual é a garantia de que, devido à mecânica UTXO, eu não receberei a marca de 'sanções'?» — explicou o pesquisador.
O aviso através do OP_RETURN também é considerado juridicamente nulo pelo especialista. Ele lembrou a tentativa malsucedida na Coreia do Sul de enviar uma decisão judicial através de uma transação na rede TRON.
«Blockchain não é um mensageiro. O tribunal deve reconhecer que tal notificação é insuficiente. Nem todos podem, em princípio, visualizar as transações para recebê-la», — destacou Menaskop.
Em conclusão, o pesquisador chamou a iniciativa de "ato de centralização rígida", que destrói o principal princípio do bitcoin: "suas chaves — seu dinheiro".
Teste do sistema e motivos do banco
O economista libertário Evgeny Romanenko vê nas ações do Salomon Brothers uma tentativa de testar o sistema judicial dos EUA e "aplicar as regras do velho mundo ao novo".
Na sua opinião, mesmo que o tribunal reconheça o direito do banco sobre os bitcoins, isso será apenas um registro em papel, uma vez que as chaves privadas permanecerão com os verdadeiros proprietários.
«Eles pretendem "garantir" esses direitos para o futuro? Para que depois, quando esses bitcoins forem movidos por seus verdadeiros proprietários e aparecerem em algum lugar, os advogados acusem os novos proprietários de roubo? É uma tentativa de apropriar-se dos bitcoins através do sistema judicial», — sugeriu Romanenko.
Vale lembrar que no CryptoQuant afirmaram que as operações com moedas "adormecidas" tornaram-se sistemáticas: desde 2023, o volume médio mensal de transações com "velhos" bitcoins aumentou de 4900 BTC para 30 700 BTC.
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Especialistas chamaram a iniciativa da Salomon Brothers de um ataque ao bitcoin
A notícia está a ser atualizada. A iniciativa do banco Salomon Brothers de reivindicar direitos sobre carteiras de bitcoin "abandonadas" através de transações com OP_RETURN é uma ideia juridicamente e tecnicamente falhada. Esta opinião foi expressa em comentário para a ForkLog por especialistas entrevistados.
Na opinião deles, a "doutrina da desistência de bens" não se aplica a endereços de criptomoeda, e a própria ideia contraria os princípios básicos da blockchain.
Vácuo legal e anonimato
O investigador Web3 Vladimir Menaskop considera a iniciativa ilegal. Segundo ele, o bitcoin não pode ser considerado propriedade "nacional", e a própria blockchain requer um novo direito internacional que ainda não foi criado.
O especialista acrescentou que a tentativa de estabelecer jurisdição sobre o proprietário anônimo é um ataque direto aos princípios fundamentais da descentralização e anonimato. Qualquer verificação obrigará o usuário a se revelar.
Impossibilidade de prova e notificação inadequada
O problema chave é provar que o endereço realmente está abandonado e não está sendo utilizado para armazenamento a longo prazo. Menasco citou como exemplo as economias pessoais da era da mineração inicial.
O aviso através do OP_RETURN também é considerado juridicamente nulo pelo especialista. Ele lembrou a tentativa malsucedida na Coreia do Sul de enviar uma decisão judicial através de uma transação na rede TRON.
Em conclusão, o pesquisador chamou a iniciativa de "ato de centralização rígida", que destrói o principal princípio do bitcoin: "suas chaves — seu dinheiro".
Teste do sistema e motivos do banco
O economista libertário Evgeny Romanenko vê nas ações do Salomon Brothers uma tentativa de testar o sistema judicial dos EUA e "aplicar as regras do velho mundo ao novo".
Na sua opinião, mesmo que o tribunal reconheça o direito do banco sobre os bitcoins, isso será apenas um registro em papel, uma vez que as chaves privadas permanecerão com os verdadeiros proprietários.
Vale lembrar que no CryptoQuant afirmaram que as operações com moedas "adormecidas" tornaram-se sistemáticas: desde 2023, o volume médio mensal de transações com "velhos" bitcoins aumentou de 4900 BTC para 30 700 BTC.